Preso desde janeiro de 2023, ex-jogador é acusado de estuprar mulher em uma boate de Barcelona. O julgamento está previsto terminar nesta tarde.
Por g1 para Neto Gaia | Atualizado às 8h 5.
Foto: Jordi BORRAS / POOL / AFP
O julgamento do ex-jogador brasileiro Daniel Alves, que acontece esta semana na Espanha, pode ser estendido por mais um dia. As sessões do caso estavam previstas para terminar nesta quarta-feira (7), quando o brasileiro dará seu esperado depoimento.
No entanto, a Justiça estuda prolongar o julgamento até quinta-feira (8), caso a fala de Alves se estenda mais que o esperado. O brasileiro responde pela acusação de ter estuprado uma mulher em uma boate em Barcelona, na Espanha. Ele nega.
Esta será a primeira vez que Alves falará publicamente sobre o caso desde que foi preso, em 20 de janeiro de 2023, enquanto prestava depoimento em uma delegacia de Barcelona. Na ocasião, a polícia viu contradição na versão dada pelo brasileiro.
Além disso, no início da sessão no primeiro dia de julgamento, na segunda, a advogada do ex-atleta, Inés Guardiola, afirmou que o jogador se diz vítima de um “tribunal paralelo”, feito, segundo ele, pela opinião pública. A defesa pediu a anulação do julgamento, alegando que a juíza responsável pelo caso não aceitou que um segundo perito examinasse a vítima.
Guardiola solicitou também que novos testes fossem realizados e, só depois disso, que o julgamento fosse retomado. A juíza não acatou o pedido, e a Promotoria contestou na sessão que todos os direitos do acusado foram preservados.
No total, o julgamento, que deve encerrar nesta tarde, ouviu 28 testemunhas, além de Daniel Alves e da vítima, que falou em sessão privada na segunda-feira (5).
Foi a primeira aparição pública do brasileiro desde que ele foi preso, em 20 de janeiro de 2023. Ele deveria prestar depoimento na própria segunda-feira, mas sua advogada pediu para que a fala de seu cliente fosse transferida para a última sessão, na quarta-feira (7), e a juíza responsável pelo caso acatou o pedido.
Ela falou aos juízes na mesma sala em que o brasileiro estava, mas os dois não tiveram contato visual.
Sua voz foi distorcida para proteção, e a imprensa foi proibida de acompanhar o depoimento — desde o início do caso, a juíza responsável pelo julgamento proibiu a divulgação da identidade e de imagens da jovem. Segundo a imprensa espanhola, com base em fontes judiciais, a jovem manteve sua versão original, a de que foi estuprada pelo brasileiro.