EUA se prepararam “rigorosamente” para potencial ataque nuclear russo na Ucrânia em 2022, dizem autoridades à CNN

Agências de inteligência do Ocidente teriam sido informadas sobre conversas de autoridades russas que falavam em uso de armas nuclearesMíssil balístico nuclear Yars, testado pela RússiaMinistério da Defesa da Rússia

Jim Sciutto da CNN para Neo Gaia.

09/03/2024 às 08:28 | Atualizado 09/03/2024 às 10: 33

No final de 2022, os Estados Unidos começaram a “se preparar rigorosamente” para a possibilidade de a Rússia atacar a Ucrânia com uma arma nuclear, no que teria sido o primeiro ataque do tipo desde que os EUA lançaram as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.

A informação foi dada à CNN Internacional por duas autoridades seniores do governo.

No livro “O Retorno das Grandes Potências”, que será publicado em 12 de março, o jornalista da CNN Internacional Jim Sciutto conta sobre os bastidores, incluindo detalhes exclusivos sobre o nível sem precedentes de planejamento de contingência realizado por altos funcionários da administração Biden.

“Foi isso que o conflito nos apresentou e por isso acreditamos e penso que é nosso direito nos preparar rigorosamente e fazer todo o possível para evitar que isso aconteça”, disse uma das autoridades.

O que levou a administração Biden a chegar a uma avaliação tão surpreendente não foi um indicador, mas uma coleção de desenvolvimentos, análises e – crucialmente – novas informações altamente sensíveis.

O medo do governo, afirmou o outro alto funcionário do governo, “não era apenas hipotético —​ também se baseava em algumas informações que coletamos”.

“Tivemos de planejar para estarmos na melhor posição possível caso este acontecimento, que já não é mais impensável, realmente acontecesse”, disse o mesmo funcionário.

Durante este período, no meio de 2022, o Conselho de Segurança Nacional convocou uma série de reuniões para implementar planos de contingência “no caso de haver uma indicação muito clara de que estavam prestes a fazer algo, atacar com uma arma nuclear, ou se o fizessem, como responderíamos, como tentaríamos evitá-lo ou dissuadi-lo”, explicou a primeira autoridade.

“Não creio que muitos de nós, ao iniciarmos o nosso trabalho, esperávamos passar uma quantidade significativa de tempo a nos preparando para um cenário que há alguns anos se acreditava ser de uma época.

Neto Gaia

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