Publicado às 16h 55, desta quarta-feira, 17.

Seguindo: Presidente da Câmara anunciou resultado e aprovou redação final do texto em menos de 1 minuto
Rayanderson Guerra | Para netogaia.com.br
17/09/2025 | 16h 17 | Atualizado às 16h 50.
RIO – Em uma votação relâmpago e sob protestos, a Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira, 17, a inclusão do voto secreto em análises para autorizar abertura de processo criminal de parlamentares no texto da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Blindagem. Em uma manobra costurada com o Centrão, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), ignorou questões de ordem e pedidos de suspensão da votação e aprovou a redação final do texto em menos de 1 minuto.

Motta abriu a votação da proposta às 13h39, apesar de questões de ordem de deputados do PSOL e do Novo. No transcorrer da votação, os parlamentares argumentaram que a votação deveria ser nominal e questionaram o embasamento regimental da emenda. As demandas dos deputados foram negadas por Motta, que encerrou a votação às 14h10, sob protestos.
Leia também
PUBLICIDADE
Ao anunciar a votação sob protestos, Motta ignorou os questionamentos dos deputados, abriu votação para a aprovação da redação final do texto e proclamou o resultado na sequência sem ouvir os parlamentares críticos ao projeto.
“Baseado em qual inciso, em qual artigo do regimento, que os senhores se basearam para construir a emenda aglutinativa que junta dois destaques, já que o regimento fala em texto, de emenda, e não em destaque”, questionou a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ), que pediu ainda que a aprovação do texto final fosse nominal.
Publicidade
Em resposta, Motta afirmou que as demandas de Talíria não eram cabíveis e deu prosseguimento à sessão.
“Não assiste razão às nobres deputadas. Questão de ordem não é instrumento apto para se arguir questões referentes ao conteúdo da proposição em apreciação pelo plenário seja quanto a sua constitucionalidade, seja quanto ao seu mérito”, disse Motta.
