A vítima assassinada é o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, delator do MP, que estaria entregando membros do PCC, além de ter mandado matar dois integrantes da facção. A polícia investiga o caso como execução.
Por g1 SP e TV Globo — São Paulo | Para Neto Gaia
08/11/2024 19: 32 Atualizado há 9 minutos
Vídeo mostra momento em que empresário jurado de morte pelo PCC é executado a tiros no Aer
Câmeras de segurança registraram o momento em que o empresário, delator do PCC ao Ministério Público, é morto no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A ação ocorreu às 16h03 no desembarque no Terminal 2 e a polícia investiga o caso como execução, queima de arquivo.
Pelas imagens, é possível ver que os dois atiradores estão encapuzados. A ação dura 15 segundos.
Os passageiros caminhavam tranquilamente com suas malas, quando no canteiro central da área de desembarque, dois homens armados e encapuzados saem do Gol preto, estacionado em frente a um ônibus da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e começam a atirar.
Depois, o carro foi encontrado em uma comunidade próxima, em Guarulhos. Dentro do veículo, foram encontradas munições de fuzil e um colete. Também houve outro tiroteio perto do Hotel Pullman, nas imediações do aeroporto.
A vítima assassinada no aeroporto é o empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que era um delator do Ministério Público de São Paulo, que estaria entregando uma série de esquemas de lavagem de dinheiro do PCC.
Os feridos seriam dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada do aeroporto quando ocorreram os disparos. Segundo os investigadores, os três foram socorridos em estado grave.
Após desavenças, ele também teria mandado matar dois integrantes do PCC. Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo, foram mortos em 27 de dezembro de 2021. Gritzbach é réu por esses crimes.
O Ministério Público diz que o empresário mantinha negócios na área de criptomoedas.
Câmera de segurança registra momento em que empresário é baleado no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos — Foto: Reprodução
Tiroteio que matou empresário no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos — Foto: Reprodução
Gritzbach prestou depoimentos ao MP nos últimos seis meses, sendo o último há 15 dias. Ele era réu por lavagem de dinheiro de mais de R$ 30 milhões proveniente do tráfico. A maior parte dessas operações de lavagem era feita com a compra e venda de imóveis e de postos de gasolina.
Ele entregou vários esquemas, deu várias pistas de ilícitos cometidos e ainda ficou de entregar mais.
Ainda segundo as investigações, Vinicius chegou a ter influência grande em células do PCC, tendo participado inclusive de tribunal do crime, quando se avalia se um integrante deve ou não ser assassinado por deslealdade à facção.
Em março deste ano, Gritzbach assinou um acordo de colaboração premiada com o MPSP. Entregou supostos esquemas do PCC e também denunciou esquemas de extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo.
Publicado às 20: 5.