Polícia investiga desvio de R$ 10 mi em empresas ligadas ao Grupo Band

By Neto Gaia dez12,2024

Sócio da Band seria vítima de esquema para desviar dinheiro. Polícia cumpre 8 mandados de busca e apreensão em 3 cidades nesta 5ª (12/12)

Bruna Sales e Luiz Vassallo Para Neto Gaia

12/12/2024 07:19, atualizado 12/12/2024 10: 45.

Foto: Divulgação/SSP-SP

São Paulo – Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira (12/12) a Operação Fluxo Reverso, com o objetivo de investigar um suposto esquema de desvio de recursos por parte de ex-diretores de duas empresas do Grupo Bandeirantes. São cumpridos oito mandados de busca e apreensão em endereços localizados em São Paulo, Taboão da Serra e Santana de Parnaíba.

No total, considerando todos as movimentações investigadas, o desvio beira os R$ 10 milhões.

Os mandados foram expedidos pelo juiz da 1ª Vara de Crimes Tributários e Organização Criminosa da Capital e envolvem supostas fraudes nas empresas Sercom e System, cujo sócio-proprietário é Ricardo Saad – considerado vítima do esquema.Play Vida

Na representação judicial consta que, em sede de auditoria interna, teria sido descoberta a prática de diversas irregularidades, tais como a contratação de empresas fantasmas e a realização de operações de crédito contratualmente vedadas. A partir disso, observou-se “a perda de vultuosos recursos financeiros”, havendo indícios de que ex-diretores da empresa, abaixo do presidente Ricardo Saad, estariam envolvidos.

Em uma delas, foram constatados supostos “repasses suspeitos” feitos por essas duas empresas a uma terceira organização entre junho de 2021 e março de 2023, totalizando R$ 5,2 milhões.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificaram transações milionárias suspeitas entre os investigados, além de depósitos de dinheiro vivo.

Investigadores também descobriram o crescimento patrimonial incompatível com a renda declarada ao fisco. Entre as movimentações suspeitas estão, por exemplo, o giro de R$ 1,9 milhão por investigado com renda de R$ 3 mil mensais.

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Há ainda operações envolvendo a compra de um apartamento de R$ 1,7 milhão na Riviera São Lourenço, no litoral de São Paulo, e depósitos em espécie de investigados.

A auditoria do grupo ainda identificou outro diretor que teria recebido diretamente R$ 2,2 milhões nas contas de sua empresa. A esposa desse dirigente recebeu R$ 810 mil e disse à Polícia Civil que a quantia é referente a honorários do marido.

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