Plenário: atuação de novos policiais militares é tema de pronunciamento

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Em 15/09/2025 – 19h 30 | Atualizado em 16 – 9 -2025.

O trabalho dos novos policiais militares nas ruas do Estado repercutiu na reunião plenária desta segunda (15).

Izaías Régis (PSDB) elogiou a atuação dos novos agentes de segurança, conhecidos como “laranjinhas”. O deputado também salientou novas medidas do Governo Raquel Lyra para a segurança pública, como a formatura de 280 novos bombeiros militares, a convocação de 226 candidatos para o curso de formação profissional da Polícia Científica e o investimento de R$ 15 milhões no programa Juntos Pela Segurança, que garantiu a entrega de novos equipamentos às forças de segurança.

“A governadora Raquel Lyra tem feito um trabalho de excelência em Pernambuco, é uma mulher que tem vontade de realizar”, assegurou.

SEGURANÇA – Izaías Régis parabenizou o Governo Raquel Lyra pela contratação de novos policiais militares. Foto: Jarbas Araújo

Num segundo momento do discurso, o parlamentar cobrou a realização de obras no Agreste Meridional, como a recuperação da rodovia PE-158, entre os municípios de Calçado e Jupi; a requalificação da rodovia PE-187, que liga a cidade de Angelim à BR-424, e a instalação de um Batalhão da Polícia Militar em Garanhuns.

Saúde

Em sentido semelhante, Socorro Pimentel (União) relatou visitas feitas, nos últimos quatro dias, a unidades públicas de saúde do Sertão que receberam verbas de emendas parlamentares do mandato dela. “Ver o impacto social dos nossos investimentos chegando à população que precisa do Sistema Único de Saúde é algo imensurável”, observou.

A parlamentar citou o envio de R$ 1 milhão ao Hospital Regional Inácio de Sá, em Salgueiro (Sertão Central), utilizado na compra de equipamentos de endoscopia e colonoscopia. Para Ouricuri (Sertão do Araripe), foram destinados R$ 2 milhões às obras de requalificação da urgência e emergência do Hospital Regional Fernando Bezerra, além de outros R$ 500 mil para a aquisição de quatro ambulâncias.

SERTÃO – Socorro Pimentel elogiou o Governo de Pernambuco pelos investimentos em interiorização da saúde. Foto: Jarbas Araújo

Pimentel destacou, também, a oferta de novas especialidades médicas na Unidade Pública de Atendimento Especializado (UPAE) de Ouricuri, fruto de investimentos do Governo Estadual. “Uma delas, que me deixa muito feliz, é a neuropediatria, garantindo atendimento a crianças com transtorno do espectro autista (TEA) e outras neurodivergências”, disse.

A deputada identificou, ainda, a necessidade de reforços na estrutura do Hemocentro Doutor Carlos Antônio Coelho Lins, também naquele município. E para o Instituto de Atenção à Saúde e Bem-Estar dos Servidores de Pernambuco (Iassepe), defendeu a ampliação da rede de serviços credenciados, especialmente para diagnósticos laboratoriais e de imagens.

De volta ao microfone na votação da ordem do dia, Socorro Pimentel solicitou o apoio dos deputados para a aprovação do Projeto de Lei nº 2727/2025, que propôs dar à quadra esportiva da EREM São Sebastião, em Ouricuri, o nome de Jeferson Rodrigues Torres. A matéria recebeu o aval do Plenário em primeira discussão.

EUA

Renato Antunes (PL) repercutiu o assassinato do ativista conservador americano Charlie Kirk, de 31 anos, no estado de Utah. Segundo o parlamentar, o caso gera reflexão e o desejo de que as divergências políticas possam ser resolvidas no campo das ideias e não através da violência.

O deputado acrescentou que a morte de Kirk foi um abalo profundo no debate político contemporâneo. Ele ressaltou que o ativista mobilizou milhões de jovens e ousou levar o conservadorismo ao coração das universidades americanas, espaços que normalmente são hostis a essas ideias.

DIREITA – Renato Antunes (na tribuna) solicitou um minuto de silêncio para Charles Kirk. Foto: Jarbas Araújo

“O que vimos em Utah não é apenas a morte de um homem, de um pai, de um marido, de um cristão, mas a manifestação brutal de uma crise maior, que é a incapacidade de aceitar a divergência como parte constitutiva da democracia”, concluiu.

O liberal ainda convidou os colegas de parlamento a refletir sobre o tema e a proteger o direito de expressão de todos, inclusive dos opositores, defendendo assim a democracia. “Ao invés de calar vozes pela intimidação, precisamos fortalecer o espaço público. As divergências se resolvam pela palavra e não simplesmente pela bala”, finalizou. Em seguida, a pedido de Antunes, foi feito um minuto de silêncio em homenagem ao ativista.

Democracia

15 DE SETEMBRO – Doriel Barros comemorou o Dia Internacional da Democracia. Foto: Jarbas Araújo

Doriel Barros (PT) destacou o Dia Internacional da Democracia, celebrado nesta segunda. Ele criticou o discurso de pessoas que afirmam que o Brasil não vive mais em um regime democrático. “Virou moda dizer que, quando se tem uma posição contrária a uma liderança que age comprovadamente contra a democracia, é perseguição”, externou.

O deputado ressaltou que a Constituição brasileira deixa claro que ninguém está acima da lei, e repudiou as narrativas que defendem o autoritarismo como forma de garantir a democracia. “Passamos 20 anos de ditadura militar no Brasil e, com a luta do povo, restabelecemos a democracia no nosso País. Não será qualquer movimento para deslegitimar os nossos poderes que vai nos fazer voltar àquele período de perseguições, assassinatos e tantos outros crimes”, acrescentou.

O parlamentar ainda comemorou o aniversário de 20 anos da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (Ufape). Ele ressaltou a importância da instituição para os estudantes da região e parabenizou o presidente Lula por promover a expansão de universidades no País.

Anistia

A análise sobre a prerrogativa do Congresso Nacional para conceder, ou não, anistia aos envolvidos nos ataques à Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023, motivou o discurso do deputado Coronel Alberto Feitosa (PL). O parlamentar defendeu a tese de que os acusados teriam cometido “um crime político” e, neste caso, seria direito do Poder Legislativo conceder o perdão, caso entendesse procedente.

CONDENAÇÃO – Coronel Alberto Feitosa voltou a defender anistia para os condenados pelo 8 de janeiro. Foto: Jarbas Araújo

Feitosa chegou a citar o artigo 48 da Constituição Federal, que diz caber ao Congresso Nacional, com a sanção do presidente da República, a concessão de anistia. De acordo com ele, apenas crimes inafiançáveis não seriam passíveis de perdão pela Carta Magna, a exemplo da tortura, do tráfico ilícito de entorpecentes, terrorismo e crimes hediondos.

“Quando algum dispositivo na lei tem efeito punitivo, não cabe uma interpretação mais ampla. A interpretação tem que ser estrita. Vou repetir, o constituinte, ele foi bem claro, como é assim em todo o mundo: crime político, cabe anistia”, sustentou.

Doriel Barros, por sua vez, discordou dos argumentos do parlamentar. “Tem uma jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que diz que o Congresso pode aprovar anistia em alguns casos, mas não quando se trata de crimes expressamente vedados. E a Constituição diz que crimes que são considerados atentado à democracia não são passíveis de anistia”, rebateu.

Agentes

João Paulo (PT) defendeu a aprovação da PEC nº 14/2021, com o intento de criar o Sistema de Proteção e Valorização dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate às Endemias. A proposta visa assegurar aposentadoria especial, estabilidade, piso social, formação permanente e condições dignas de trabalho para as categorias. “Investir nesses profissionais é investir na prevenção, na vigilância, na saúde ambiental e na redução de custos hospitalares. É sobretudo cuidar das pessoas antes que adoeçam”, salientou.