Dez dias depois do processo de ‘impeachment’ contra Yoon, Partido Democrático quer fazer o mesmo a Han Duck-soo, depois de este não ter aprovado uma investigação independente ao antecessor.
O principal partido da oposição na Coreia do Sul anunciou que vai pedir a impugnação do presidente interino Han Duck-soo, depois de este ter falhado o prazo que lhe tinha sido dado para aprovar uma investigação independente ao presidente destituído Yoon Suk Yeol.
“O presidente interino Han deixou claro hoje [esta terça-feira] na reunião do Governo que não iria aprovar a lei de acusação especial”, disse o líder parlamentar do Partido Democrático (PD), Park Chan-dae. O presidente interino apelou antes ao diálogo entre oposição e o partido no poder.
Assim que o pedido de impeachment for apresentado, tem que ser votado no prazo de 24 a 72 horas. Caso Han, o ex-primeiro-ministro que substituiu Yoon após a destituição a 14 de dezembro por ter declarado a lei marcial, for ele próprio destituído, o próximo na linha de sucessão é o ministro das Finanças, segundo a lei sul-coreana.
O PD tem a maioria no Parlamento e existe um debate sobre que apoio seria preciso entre os deputados para destituir Han. No caso de um presidente, é preciso uma maioria de dois terços para aprovar a destituição, mas no caso de um primeiro-ministro basta uma maioria absoluta. Se este último cenário vingar, o PD não precisa de mais apoios e consegue fazer cair Han. Mas se forem precisos dois terços, então a oposição precisa de oito votos do partido no Governo.
Yoon aguarda uma decisão do Tribunal Constitucional sobre a validade do seu impeachment, podendo ainda voltar a ser presidente. Este tribunal tem atualmente três juízes em falha, com a oposição a pressionar Han para que os nomeie rapidamente.
Tópicos: Coreia do Sul, Destituição, Internacional
Publicado às 10: 44, desta terça-feira, 24
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