Noite de bons desfiles tem como destaque a Porto da Pedra e a emoção do Império Serrano

By Neto Gaia mar2,2025

[…] Série Ouro encerrou suas apresentações na manhã deste domingo […]

Por Bernardo Araujo — Rio de Janeiro | Para Neto Gaia

02/03/2025 08h15  Atualizado agora

O desfile da Porto da Pedra
O desfile da Porto da Pedra — Foto: Bernardo Araujo/Agência O Globo

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A segunda noite de desfiles da Série Ouro foi marcada por bons desfiles de escolas de porte médio, que dificilmente disputarão o acesso ao Grupo Especial. Agremiações como a Acadêmicos de Niterói e a União do Parque Acari fizeram bons desfiles, mas, na briga, mesmo, só deve entrar a Unidos do Porto da Pedra, em nível semelhante ao que fizeram Estácio e Maricá na primeira noite. Já de manhã — os atrasos pareciam controlados, mas persistiram —, o Império Serrano, fora da disputa, encerrou o grupo com emoção.

A Liga RJ prometeu, e o segundo dia de desfiles da Série Ouro começou praticamente no horário marcado, 21h, e com uma velha frequentadora da Marquês de Sapucaí: a Tradição, que depois de uma década, voltava ao palco onde já homenageou Silvio Santos e cantou sambas de João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Com o enredo “Reza”, que passeava pela religiosidade em suas diversas manifestações (de forma um tanto genérica), a azul-e-branco do Campinho veio com a invenção de ficar no grupo, carros alegóricos grandes e muito canto dos componentes — que, ameaçados pelo relógio, tiveram que correr no fim. Rezar um pouco para ficar pode ser bom.

Diferentemente da coirmã que a antecedeu, a União do Parque Acari não deve temer o rebaixamento. Retratando o violão em “Cordas de prata: o retrato musical do povo”, do carnavalesco Guilherme Estevão (ex-Mangueira), a escola tricolor apareceu bem vestida e colorida, com carros e figurinos de bom gosto. O samba dolente, quase uma seresta, de Moacyr Luz, embalou a agremiação rumo a um final feliz, apesar do estouro do tempo em um minuto.

Terceira escola a desfilar, a Acadêmicos de Vigário Geral homenageou o jornalista e dramaturgo Francisco Guimarães, o Vagalume, primeiro a retratar o carnaval nos jornais. Menos requintada do que a Acari, a Vigário veio com um samba acelerado e boa performance da bateria de mestre Luygui. A tricolor da Zona Norte não disputa um lugar no Grupo Especial, mas tampouco deve se preocupar com o descenso.

Primeira escola hors-concours a se apresentar na noite de sábado, a Unidos de Bangu, se não tivesse avisado, ninguém saberia que tinha sido vítima de um incêndio. A agremiação da Zona Oeste pareceu completa ao abordar a questão indígena em “Maraka’Anandê – Resistência ancestral”. Animada e colorida (apesar de um desenvolvimento de enredo algo óbvio), a Bangu poderia perfeitamente competir com as outras escolas da Série Ouro.

Publicado às 8: 50, dese domingo, 2.

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