No embate verbal da Câmara, Fábio Carneiro estreia na oposição com versos dirigidos a Mô Lima

Fábio Carneiro estreou na oposição com resposta em verso a Mô Lima na Câmara Municipal.

O vereador Fábio Carneiro (Solidariedade) estreou na bancada de oposição da Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) nesta quinta-feira (16) com um acalorado bate-boca contra o colega vereador Mô Lima (PP), integrante da base governista. As provocações aconteceram durante a sessão, e foram recheadas de versos e metáforas que expõem a tensão política local.

Em entrevista à imprensa na Casa Napoleão Laureano e repercutidas ao programa Correio Debate, da rádio Correio 98 FM, Mô Lima comentou as movimentações da oposição e usou uma analogia: “É, na verdade, eles vêm falando que formaram o bloco da oposição, assinaram. Eu falei para eles desse jeito, eu disse: ‘Olha, na política é igual namoro, quando não termina ninguém sai falando do que o outro fez, porque não tem nada mais feio do que acabar um relacionamento e sair falando da ex’”, pontuou.

Fábio Carneiro não deixou por menos e respondeu em versos: “Mô Lima é um poeta renomado do nosso estado, um dos maiores músicos contemporâneos, e eu sou um simples cidadão, vereador da capital, e eu ainda tenho tempo de aprender um verso aqui ou acolá, inclusive quero mandar um abraço para Bruno Farias que faz muita falta nessa casa. E para ele eu respondi: ‘Quem no céu quer subir, as estrelas quer tocar, os anjos estão sorrindo da queda que vai levar’”, arrematou.

Contexto político por trás da cena

A troca de provocações acontece em um momento de rearranjo político na capital paraibana. A saída do prefeito da Capital, Cícero Lucena (sem partido) da base do governador João Azevêdo (PSB) impactou as articulações locais. Cícero, pré-candidato ao Governo da Paraíba, tem buscado fortalecer sua base, ao mesmo tempo que o Solidariedade, partido de Fábio Carneiro, viu alguns de seus integrantes exonerados e o vereador migrou para a oposição.

Essa estreia de Fábio Carneiro no bloco oposicionista marca uma nova fase na Câmara, onde o embate político se dá tanto no discurso formal quanto na arte da provocação poética, um reflexo das disputas acirradas que vão marcar o pleito de 2026.

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