Ministro garante concessão para Islamistas -Acompanhe!

By Neto Gaia dez12,2024

O novo primeiro-ministro de transição da Síria garantiu, nesta quarta-feira (11), que a coalizão liderada por islamistas, que derrubou Bashar al Assad, “garantirá” os direitos de todos os grupo religiosos, e pediu aos milhões de sírios que fugiram para o exterior que retornem ao país.

“Especificamente porque somos islâmicos, garantiremos os direitos de toda a população e de todos as religiões na Síria”, afirmou o dirigente, que lidera um governo de transição até 1º de março. 

Novo primeiro-ministro da Síria promete ‘garantir’ os direitos de todas as religiões© Omar HAJ KADOUR

A aliança rebelde que acabou com meio século de poder do clã Assad na Síria, no domingo, é comandada pelo grupo radical islamista Hayat Tahrir al Sham (HTS), um antigo ramo sírio da Al Qaeda. O movimento afirma ter rompido com o jihadismo, mas continua na lista de “terroristas” de vários países ocidentais, incluindo os Estados Unidos.Zonas de controle de diferentes forças na Síria em 10 de dezembro, dois dias após a queda do regime de Bashar al-Assad, de acordo com os últimos dados do Institute for the Study of War.

Zonas de controle de diferentes forças na Síria em 10 de dezembro, dois dias após a queda do regime de Bashar al-Assad, de acordo com os últimos dados do Institute for the Study of War.© Omar KAMAL

Na entrevista com o jornal italiano Corriere della Sera, publicada nesta quarta-feira, Bashir instou os sírios no exterior a retornarem para “reconstruir” e fazerem “florescer” o país, onde sunitas, alauitas, cristãos e curdos convivem com dificuldades.

Cerca de seis milhões de sírios, aproximadamente um quarto da população, fugiram do país desde 2011, quando eclodiram manifestações pró-democracia e uma repressão sangrenta levou a uma guerra civil que matou mais de meio milhão de pessoas.

“Voltem”, insistiu, após diversos países, como Alemanha, Áustria ou Reino Unido, decidirem suspender os pedidos de solicitação de asilo para cidadãos sírios.

Abu Mohammed al Jolani, líder do HTS que comandou a ofensiva rebelde iniciada em 27 de novembro, reafirmou nesta quarta-feira que “não serão perdoados aqueles que tiveram envolvimento com tortura ou eliminação dos presos”.

Publicado às 14: 44, desta quinta-feira, 12.

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