Justiça condena três delegados e um escrivão da PF em SP por esquema de suborno

By Neto Gaia jul8,2024

Penas por corrupção e formação de quadrilha variam de seis a 12 anos de prisão

Investigações tiveram início após denúncia de uma advogada que sofreu pressão para pagar valores em troca dos benefícios do esquema

PF SP

Três delegados e um escrivão da Polícia Federal (PF) em São Paulo foram condenados por participação em um esquema de suborno para sabotar investigações previdenciárias da instituição, entre os anos de 2012 e 2015. A informação foi divulgada no começo da tarde desta segunda-feira (8) pelo Ministério Público Federal (MPF).

No total, 14 pessoas foram condenadas pelos crimes de formação de organização criminosa e corrupção ativa e passiva. As penas variam de seis a 12 anos de prisão. Segundo o MPF, os condenados podem recorrer da sentença em liberdade. Os servidores da PF também foram condenados a perda do cargo.

As investigações tiveram início após denúncia de uma advogada que sofreu pressão para pagar valores em troca dos benefícios do esquema. Um trabalho conjunto do MPF e do setor de contrainteligência da PF revelou a existência de uma rede de cobrança e pagamento de propinas coordenada a partir da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev) da PF em São Paulo.

Os subornos eram destinados a três delegados integrantes da Deleprev, e os pagamentos tinham o objetivo de favorecer alvos da denominada Operação Trânsito, que a unidade conduzia para combater fraudes em perícias médicas em diversas agências do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na capital paulista.

Um dos principais beneficiários das irregularidades era dono de uma consultoria previdenciária. Desde que foi identificado como chefe das ações criminosas investigadas na Operação Trânsito, ele passou a ser coagido para pagar quantias que o livrassem de medidas mais severas ao longo do inquérito.

Ao todo, o empresário enviou pelo menos R$ 500 mil aos delegados até 2015. Em troca, não teve conversas monitoradas, ficou de fora dos pedidos de prisão quando a operação foi deflagrada e sequer foi interrogado. Já falecido, o empresário não foi condenado por participação no esquema de propinas.

Outras quatro pessoas que buscaram favorecimento semelhante dos delegados estão entre os réus sentenciados à prisão. Elas subornaram os membros da PF para ter privilégios nas investigações sobre as fraudes previdenciárias. Os valores que cada um pagou foram de R$ 10 mil a R$ 22 mil.

Fonte: Portal da Prefeitura para Neto Gaia.

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