Departamento de Justiça de Trump pressiona por investigação de fundação de George Soros

By Neto Gaia set25,2025

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Um memorando a que o ‘The New York Times’ teve acesso sugere que o Departamento de Justiça dos EUA está seguindo ordens do presidente para investigar seus adversários políticos

25/09/2025 | 16h00

Atualização: 25/09/2025 | 17: 10.

WASHINGTON – Um alto oficial do Departamento de Justiça dos Estados Unidos instruiu escritórios de procuradores de Estados americanos a elaborar planos para investigar um grupo financiado por George Soros, o bilionário doador democrata que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, exige que seja preso.

O jornal americano The New York Times teve acesso ao documento do oficial aos promotores. De acordo com ele, os promotores poderiam indiciar organizações financiadas por Soros por “incêndio culposo” e “apoio material ao terrorismo”.

O memorando sugere que os líderes do Departamento estão seguindo ordens do presidente para investigar adversários políticos de Trump.

Nos últimos dias, o republicano retomou suas queixas contra Soros, um bilionário conhecido por apoiar causas progressistas. Soros fundou a Open Society Foundations nos anos 1990, para financiar iniciativas de grupos que lutavam contra governos autoritários ao redor do mundo, particularmente em países comunistas e ex-comunistas.

Ainda na década de 1990, a organização expandiu seus trabalhos para os Estados Unidos. A fundação fornece bolsas para grupos que trabalham pelos direitos humanos, democracia e equidade, mas Trump e alguns republicanos afirmam, sem fornecer evidências, que se trata de uma rede que promove inquietação civil, protestos violentos e destruição de propriedade. Os progressistas negam as acusações dos republicanos.

Memorando

Na segunda-feira, 22, um advogado do escritório do vice-procurador-geral, Todd Blanche, emitiu a diretriz para os escritórios de procuradores dos EUA na Califórnia, Nova York, Washington, D.C., Chicago, Detroit e Maryland.

O advogado Aakash Singh, que é responsável por comunicar-se com os procuradores federais em todo o país, sugeriu uma ampla gama de acusações para os procuradores considerarem contra a Open Society Foundations. As possíveis acusações incluíam incêndio criminoso, fraude financeira e apoio material ao terrorismo, de acordo com uma cópia da diretriz.

Como evidência para tais investigações, Singh apontou para um relatório recente de um grupo conservador de vigilância conhecido como Capital Research Center, que monitora doações que políticos progressistas recebem. Ele pediu aos procuradores que determinem se as alegações eram suficientes para justificar a abertura de casos criminais, acrescentando que eles deveriam estar preparados para submeter seus planos de investigação em breve.

O relatório abordou uma reivindicação controversa, afirmando que o grupo “investiu mais de US$ 80 milhões de dólares em grupos ligados ao terrorismo ou à violência extremista” e citou como um exemplo a al-Haq, um grupo palestino de direitos humanos crítico a Israel.

Chad Gilmartin, um porta-voz do Departamento de Justiça, defendeu a medida. “Este Departamento de Justiça, juntamente com nossos promotores federais trabalhadores e dedicados, sempre priorizará a segurança pública e investigará organizações que conspiram para cometer atos de violência ou outras violações federais da lei”, disse ele.

Em um comunicado, a fundação de Soros classificou as acusações como “ataques politicamente motivados à sociedade civil, destinados a silenciar discursos com os quais a administração discorda e minar o direito da Primeira Emenda à liberdade de expressão”.

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