Chefe do MP de São Paulo vê risco de álibis falsos e pede ao STJ que afaste prefeito de São Bernardo

By Neto Gaia nov5,2025

Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, procurador-geral de Justiça do Estado, considera que Marcelo Lima pode usar o cargo para influenciar testemunhas, destruir provas, combinar versões e criar álibis falsos no processo em que foi denunciado por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro; prefeito nega crimes.

 Rayssa Motta | Para Neto Gaia

05/11/2025 | 10h 45 | Atualizado às 10: 58.

O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, entrou com um recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar reverter a decisão que autorizou o prefeito de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, Marcelo Lima (Podemos), a reassumir o mandato.

O prefeito foi denunciado por organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Estafeta.

No recurso ao STJ, o chefe do Ministério Público de São Paulo afirma que “a gravidade concreta e o alcance do esquema criminoso desvendado são alarmantes” e justificam o afastamento de Marcelo Lima.

O procurador-geral argumenta também que o prefeito pode usar o cargo e o poder político para influenciar testemunhas, destruir provas, combinar versões e criar álibis falsos no processo.

“O uso de telefones clandestinos e a configuração de mensagens temporárias já demonstraram a preocupação dos agora acusados em ocultar suas ações”, diz um trecho do recurso.

Paulo Sérgio de Oliveira e Costa afirma ainda que os contratos milionários sob suspeita voltaram ao “controle direto” do prefeito quando ele retornou ao cargo.

Para o ministro, com a conclusão do inquérito, não há fundamentos para manter o afastamento, o que segundo Fonseca configuraria uma “verdadeira sanção política antecipada”, com efeitos práticos equivalentes à perda de mandato.

O Ministério Público de São Paulo atribui ao prefeito o papel de “articulador” de um esquema de desvio de recursos de diversas áreas, como saúde, obras e coleta de lixo. Contratos com a administração municipal teriam sido direcionados a empresários em troca de propinas. Marcelo Lima nega irregularidades.

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