João Baptista Bellinaso Neto, mais conhecido como Leo Batista (Cordeirópolis, 22 de julho de 1932 – Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2025),[1][2] foi um apresentador, dublador e locutor brasileiro.
Em 1970, ingressou na Rede Globo, onde ficou por mais de 50 anos. Com a morte de Cid Moreira, passou a ser o funcionário mais antigo da emissora até a sua morte. Comandava quadros esportivos, além de apresentar algumas edições do programa Globo Esporte.
Leo foi um dos jornalistas que transmitiram a primeira partida oficial de Garrincha no futebol. Era torcedor do Botafogo. Portal Neto Gaia
Fonte: O Globo para Neto Gaia.
Morreu neste domingo (19) Léo Batista, a voz marcante do jornalismo esportivo brasileiro. O apresentador da TV Globo estava internado num hospital da Zona Oeste do Rio desde o último dia 6. Ele foi diagnosticado com tumor no pâncreas.
Léo nasceu no dia 22 de julho de 1932, no interior de São Paulo. Ele começou a carreira nos anos 1940, quando se inscreveu e foi aprovado no concurso para locutor do serviço de alto-falantes de Cordeirópolis (SP). Na época, ele ainda era conhecido como Belinaso Neto.
Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1952, para tentar uma vaga na Rádio Clube do Brasil, mas acabou contratado pela Rádio Globo. Estreou narrando uma partida entre São Cristóvão e Bonsucesso, no Maracanã. Foi depois disso que mudou o nome para Léo Batista, por sugestão de Luiz Mendes.
Na Rádio Globo, Léo Batista noticiou em primeira mão o suicídio de Getúlio Vargas, em 24 de agosto de 1954. Em entrevista ao “Memória Globo”, ele deu detalhes: “Quem estava de plantão no comando da rádio era Raul Brunini. Sempre havia um diretor de plantão, principalmente numa noite nervosa como aquela. Pelo telefone, avisei o Brunini, que estava no andar de cima. Ele desceu as escadas correndo. Quando chegou ao estúdio, já entrara o prefixo e eu estava noticiando: ‘Atenção, atenção! Informa o ‘Globo no ar’, em edição extraordinária: acaba de se suicidar no Palácio do Catete o presidente Getúlio Vargas!’. E repeti, afirmando que voltaríamos com novas informações a qualquer momento. Quinze minutos depois, entrou o ‘Repórter Esso’, com Heron Domingues”.
Em 1955, Léo Batista assinou com a TV Rio, de onde saiu em 1968. Passou ainda pela TV Excelsior. O início na TV Globo aconteceu em 1970, como freelancer. A equipe esportiva tinha ido para o México, para cobrir a Copa de 1970. Em certo momento, houve um problema na geração de som, e foi preciso fazer a locução dos estúdios no Rio. Léo Batista assumiu a função. Pouco depois, também substituiu Cid Moreira em edição extraordinária do “Jornal Nacional“. Por conta de seu desempenho, passou a fazer parte do quadro de profissionais da emissora e durante anos apresentou edições de sábado do jornalístico.
Ele também esteve à frente do “Jornal Hoje“, criado em 1971, e comandou o primeiro programa esportivo diário da emissora, o Copa Brasil, que daria origem ao “Esporte espetacular‘, de 1973.
Léo Batista participou de grandes coberturas, como a final da Copa de 1950 no Maracanã, ainda no início da carreira. Na TV Globo, cobriu Copas do Mundo a partir de 1974 e também Jogos Olímpicos, desde a edição de Los Angeles, em 1984.
Léo Batista passou ainda pelo “Globo esporte” e fez a narração marcante dos “Gols do Fantástico” até 2007. Também comandou o quadro “Baú do esporte” nos intervalos das transmissões de futebol. Nos últimos anos, vinha apresentando gols no “Globo esporte” e participando eventualmente de outros programas.
O time de coração é o Botafogo. No documentário “Léo Batista – A voz marcante”, lançado em 2024 no Sportv, disse: “Como nasceu meu amor pelo Botafogo? Não teve ‘amor’, nem ‘nasceu’. Ué, sei lá, fui torcendo pelo Botafogo. Virei”.
Publicado às 17: 00, deste domingo, 19.