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Por – Isabella Cavalcante e Daniela Santo para netogaia.com.br
Ricardo Stuckert/PR
A cúpula do G20, o Grupo dos Vinte, começa no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (18/11). O bloco possui presidência rotativa e, ao longo do último ano, foi comandado pelo Brasil, que passará o poder para a África do Sul ao fim do evento.
Já de manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) receberá autoridades de diversos países. Entre os mandatários esperados, estão Joe Biden, dos Estados Unidos; Xi Jinping, da China; e Javier Milei, da Argentina. O evento ocorre na segunda e na terça-feira (19/11).
Neste um ano de presidência, os brasileiros pautaram temas sociais, especialmente os ligados à redução de desigualdades. Há bastante expectativa para, logo mais, ser lançada a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza.Play Video
A iniciativa partiu do Brasil e continuará mesmo depois do país deixar o comando do G20. Ela reúne nações e instituições internacionais para compor um fundo e montar ações que combatam a insegurança alimentar e a falta de renda em todo o mundo.
Além do Brasil, já anunciaram que vão endossar o projeto: Alemanha, Noruega, Paraguai, Bangladesh, União Europeia e União Africana. Biden também anunciou apoio à aliança.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco de Desenvolvimento da América Latina, a Câmara de Comércio Internacional, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Fundação Rockefeller confirmaram a adesão.
Além disso, o presidente Lula tem panfletado a proposta de taxação das grandes fortunas. O objetivo é criar um sistema tributário internacional que prevê imposto sobre a riqueza dos bilionários do mundo. O fundo seria voltado para combater a desigualdade. Em julho, ministros de Finanças dos países-membros do G20 assinaram uma declaração se comprometendo a estudar formas de taxar os super-ricos.
Governança global
Outro tema central do Brasil à frente do G20 é a reforma da governança global, ou seja, mudar a ordem de como funcionam entidades internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Lula já fez diversas críticas à ONU, focadas no privilégio que membros permanentes, a maioria do Norte global, têm, como poder de veto e assentos permanentes. O petista defende que os países da América Latina, África e Ásia possuam maior participação e peso nos fóruns globais.
Desenvolvimento sustentável
Nesse tempo, o G20 também debateu o desenvolvimento sustentável como forma de enfrentar as mudanças climáticas. Dentro e fora do grupo, o Brasil está focado em implementar energia renovável.
Em agosto, Lula recebeu enviados do B20, o Business 20, que representa os empresários do G20. Entre as principais demandas, eles incluíram a utilização de capital privado para ajudar na transição energética, modelos de alimentação que sejam mais duradouros a eventos climáticos extremos e maior inclusão de diversidade no mercado de trabalho.
PUBLICADO ÀS 11: 15, DESTE DOMINGO, 17.