Atualizado às 15h 50, deste terça-feira (28)
Invasão já dura mais de 21 meses. Nesta segunda-feira (27), os ventos fortes e as tempestades de neve danificaram postes e subestações e deixaram mais de 15 regiões do país sem energia.
Por Jornal Nacional (para), Neto Gaia.
Na Ucrânia, a invasão russa dura mais de 21 meses. Os russos ainda controlam quase 1/5 do território ucraniano e os combates se intensificaram com a aproximação do inverno.
Os ventos fortes e as tempestades de neve nesta segunda-feira (27) danificaram postes e subestações e deixaram mais de 15 regiões da Ucrânia sem energia.
O presidente Volodymyr Zelensky disse que a situação é mais grave no sul do país e que as operações militares, mesmo em cenário tão adverso, não serão interrompidas.
A ruptura do sistema elétrico da Ucrânia também está na mira das tropas russas. Neste fim de semana, a capital Kiev sofreu o maior bombardeio já registrado desde o começo do conflito. A Rússia enviou dezenas de drones kamikazes, atingiu prédios e áreas civis.
Ventos fortes e as tempestades de neve nesta segunda-feira (27) danificaram postes e subestações na Ucrânia — Foto: JN
Em entrevista ao Jornal Nacional, Huseyn Aliyev, professor da Universidade de Glasgow, explica que a capital ucraniana abriga grandes infraestruturas de gás e eletricidade e que o objetivo dos russos é danificar ao máximo essa instalações, ainda durante o inverno europeu, para forçar a Ucrânia a negociar em condições desvantajosas o fim da guerra.
Em junho, a Ucrânia lançou uma contraofensiva para recuperar os territórios que tinham sido invadidos pela Rússia. Para isso, contou com armas e equipamentos fornecidos pela Otan, a Aliança Militar do Ocidente. Mas, segundo o professor Aliyev, essa contraofensiva não foi bem-sucedida.
O professor afirma que os militares russos aproveitaram que as atenções da comunidade internacional estavam voltadas para o conflito no Oriente Médio e, a partir de outubro, passaram a executar uma nova ofensiva em larga escala, com foco em duas áreas estratégicas: em Avdiivka, na região de Donestk, e em Bakhmut. Onde ocorreram as batalhas mais sangrentas da guerra, os russos tomaram novas posições e, agora, avançam sobre áreas industrializadas, que são essenciais para o sistema de abastecimento local.